quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cidade de Registro/SP homenageia os 100 anos da imigração japonesa.

15.10.2008
Registro-SP
XXV - TORNEIO DE JUDÔ “TORAICHIRO SUZUKI”
Edição Especial “Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil”
A ASSOCIAÇÃO REGISTRENSE DE JUDÔ - ARJU e a COMISSÃO REGIONAL PARA O CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL com o apoio da FENIVAR- Federação das Entidades Nikkeis do Vale do Ribeira, UCES- União Cultural Esportiva Sudoeste, Prefeitura Municipal de Registro, 14ª Delegacia da Federação Paulista de Judô, promoverão o XXV Torneio de Judô “TORAICHIRO SUZUKI”, edição especial em “Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil” que será realizado nas dependências do Centro Esportivo Governador MARIO COVAS JÚNIOR – Rua São Paulo, Vila Fátima, em Registro - SP, no dia 26 de outubro de 2008, com cerimônia de abertura às 9:00 horas.
Um pouco de história
Registro é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na mesorregião do Litoral Sul Paulista, na porção paulista do vale do Ribeira. O principal acesso à cidade se dá pelasendo acessada através da rodovia Régis Bittencourt (BR-116).
Registro surgiu como um pequeno povoado à margem do Rio Ribeira de Iguape. No século XVII explorava-se ouro de lavagem na sub-bacia do Alto Ribeira. O ouro garimpado em Xiririca (atual Eldorado) nos rios Pedro Cubas, Taquari e afluentes, e em Sete Barras nos rios Etá, Quilombo e Ipiranga (entre outros) era transportado em canoas até o porto fluvial de fiscalização (Posto de Registro) nas terras da vila de Nossa Senhora das Neves de Iguape (localizada no porto marítimo que originou a atual cidade de Iguape).
Todas as mercadorias eram revistadas e registradas por um agente de Portugal para cobrar o quinto da Coroa Portuguesa. Por ser o centro do registro do ouro que ia para Portugal e articulador da produção que viajava de Iporanga até os navios do antigo porto de Iguape, ficou conhecido com o nome Porto do Registro. Periodicamente, o quinto era enviado à Casa da Moeda (ou Casa dos Contos) na vila, onde era fundido e cunhado. A exploração do mineral no Vale do Ribeira entrou em decadência com a descoberta do ouro nas Minas Gerais.
O Decreto-Lei nº 6.665, de 17 de setembro de 1934, elevou Registro à categoria de Distrito da Paz de Registro (tornou-o, portanto, distrito de Iguape). Em 30 de Novembro de 1944, pelo Decreto Lei nº 14.334, Registro emancipou-se de Iguape, tornando-se Município, com terras desmembradas dos municípios de Iguape, Eldorado e Miracatu. A instalação do município autônomo ocorreu em 1º de Janeiro de 1945. Em 1959 houve desmembramento de uma fração a noroeste do território de Registro, onde, no ano seguinte, seria instalado o Município de Sete Barras.
Imigração Japonesa
O Município é oficialmente (conforme Decreto nº 50.652, de 30 de março de 2006) o Marco da Colonização Japonesa no Estado de São Paulo, uma vez que teria sido a primeira localidade a receber imigrantes japoneses interessados em investir em produção própria no Estado de São Paulo. O Conjunto Iguape (colônias de Registro, Sete Barras e Katsura ou Giporuva) foi cronologicamente a primeira grande colônia formada por japoneses no Brasil, e também a primeira entre as colônias fundadas por capital privado nipônico.
Em 1912 o governo paulista doou terras de propriedade do Estado, sem ônus, ao Sindicato Tóquio, que as repassou aos japoneses dispostos a emigrar de seu país e a radicar-se definitivamente no Brasil. Em 1913, foi constituída a empresa de colonização Brasil Takushoku Kabushiki Kaisha (BTKK), que sucedeu o Sindicato Tóquio neste contrato de assentamento. Após fundar a Colônia Iguape, a BTKK sofreu fusão com a Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (KKKK, ou Companhia Ultramarina de Desenvolvimento Sociedade Anônima).
Filial da Companhia Imperial Japonesa de Imigração, a KKKK atuou de 1912 a 1937 na gestão e na infra-estrutura das colônias de japoneses em diversos países. Foi responsável pelo estabelecimento de mais de 450 famílias na colônia de Registro, onde foi autorizada a funcionar a partir de 1918 com sede no Casarão do Porto. O primeiro ingresso de colonos japoneses em Registro ocorreu em 1917 (quatro famílias).
As primeiras 30 famílias chegaram ao povoado da Colônia Iguape em novembro de 1913. Em 1917, o número de famílias japonesas já chegava a 1.060, totalizando 5.121 pessoas na Colônia, a maioria em Registro.
Neste período Registro tornou-se o maior produtor de arroz do Estado de São Paulo e possuía instalações de armazenamento e beneficiamento do cereal, produzido por cultura irrigada. Além do arroz, os imigrantes japoneses também estão relacionados com o cultivo do chá e do junco, importantes culturas econômicas de Registro.
Em 1919 o imigrante Torazo Okamoto chegou a Registro. Três anos depois, obteve sementes de chá chinês (Thea assamica Mast) em São Paulo e começou a plantação, visando o consumidor japonês de chá verde. Em 1934, com o objetivo de produzir chá preto para o consumidor brasileiro, Torazo trouxe do Ceilão (atual Sri Lanka) algumas sementes de chá-da-índia da variedade assam. As mudas conseguidas por Torazo foram matrizes do chá ainda produzido em Registro.
Em 1931 o imigrante Shigeru Yoshimura trouxe algumas mudas de Juncus deeipens Nakai de Okayama (região de Chugoku, na ilha de Honshu, no Japão) para Registro. Três anos depois trouxe o tear apropriado para a confecção de esteiras. Devido à grande produção, instalou-se em 1955 a primeira e única fábrica da América Latina que confecciona o tatame artesanal (tipo de colchonete utilizado na prática de artes marciais).
Desde 1980 Registro e Nakatsugawa, cidade localizada na província de Gifu, na ilha de Honshu, região central do Japão mantêm um convênio tanto no setor governamental quanto através da organização Rotary Club. O convênio é traduzido em intercâmbio, assistência e visitas diplomáticas dos governantes das duas cidades.
Fonte: Judoinforme

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