quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Presidente da UPJ critica "golpe" e fala do perigo para o esporte mundial.

06.12.2008
São Paulo - SP
Chefe do judô nas Américas critica "golpe" e fala em perigo para esporte mundial
O presidente da União Pan-Americana de Judô, o dominicano Jaime Casanova, admitiu nesta sexta-feira que a possibilidade de a entidade ser dissolvida é grande. Neste fim de semana, no México, grupos dissidentes, liderados pelo presidente da confederação brasileira, Paulo Wanderley, se reúnem para discutir a criação de uma nova liga continental, que passaria a controlar a modalidade nas Américas.
"Essa é uma ação muito perigosa, não só para o judô, mas para o esporte mundial como um todo. Se essa tentativa de golpe, porque eu considero isso um golpe, der certo, cria um precedente. Cada vez que alguém encontrar divergências, pode criar uma entidade paralela", analisou Casanova, que entrou em contato o UOL Esporte após ler a reportagem sobre os planos de Wanderley.

Segundo ele, o processo de criação da Confederação Pan-Americana de Judô está em andamento desde 2007, com apoio da federação internacional da modalidade. "A única entidade reconhecida nas Américas é nossa, mas não posso fazer nada para impedir essa reunião. Existe, sim, o perigo de deixarmos de existir. É uma atitude golpista, que está sendo arquitetada desde o ano passado", afirmou o dirigente.

Casanova respondeu à acusação feita por Wanderley de que a eleição do dia 17 de outubro, que o reelegeu para mais um mandato na UPJ, foi ilegal. "Paulo Wanderley não pode dizer que não sabia. A reunião de 17 de outubro foi legal porque procedeu como prevê o estatuto e como sempre aconteceu desde 2000. Em 2002, 2004 e 2006 foi assim e em 2008, da mesma forma".

Preocupado com o futuro da entidade que comanda, Casanova admitiu que lhe resta apenas a esperança de que a criação da Confederação Pan-Americana não seja efetivada. "Agora, só podemos esperar que algo aconteça para tomar uma atitude. Já denunciamos o que está acontecendo ao COI, durante um congresso da FIJ. Existe a chance de apelarmos ao Tribunal Arbitral do Esporte, mas isso eu só posso comentar quando algo realmente acontecer", concluiu.

(Bruno Doro e Rodrigo Farah)

Fonte: Uol Esportes

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